HISTÓRIA - APODI - RIO GRANDE DO NORTE

por Interlegis — última modificação 08/02/2024 10h32
A História de Apodi, começou oficialmente em 23 de março de 1833, Os primeiros habitantes do Apodi foram os índios Tapuias Paiacus, pertencentes ao grupo étnico cultural TARAIRIÚ. ... Em 1761, foi extinta a Missão do Apodi, transferidos os índios, criada a Freguesia das Várzeas do Apodi, com sede na antiga missão. O Município surgiu em 1833, desmembrado de Portalegre-RN.

HINO DE APODI

BANDEIRA MUNICIPAL

PRIMEIRA CÂMARA MUNICIPAL

A primeira Câmara Municipal de Apodi foi instalada no dia 09 de outubro de 1833, sob a presidência do Alferes Reinaldo Galdêncio de Oliveira, vice-presidente da Câmara Municipal de Portalegre a quem Apodi era subordinado.

Foram empossados os seguintes vereadores eleitos:

 João Nogueira de Lucena Silveira,

 Padre Francisco Longino Guilherme de Melo,

 Antônio Francisco de Oliveira,

 Capitão Lõurenço Alves de Oliveira,

 Joaquim da Cunha Cavalcante e

 João Freire da Silveira.

O primeiro administrador do Apodi foi o coronel João Nogueira de Lucena Silveira.

A criação do Distrito data de 1766. O Município, criou-o, com território desmembrado de Portalegre, a Resolução do Conselho do Governo da Província, de 11 de abril de 1833, confirmada pela Lei provincial n°. 18, de 23 de março de 1835. Apodi obteve foros de Cidade pela Lei provincial n°. 988, de 5 de março de 1887. É sede de Comarca, com 2 termos: Apodi e Itaú.

Um dos primeiros desbravadores da Região Oeste do Rio Grande do Norte foi Manoel Nogueira Ferreira, que veio numa expedição oriunda da Paraíba, chegando ao local em 1680. Foi desafiando obstáculos, como longas caminhadas pelas matas catingueiras, índios bravos, doenças infecciosas e animais selvagens, que o colonizador, com apenas 25 anos, chegou às margens da Lagoa Itaú, mais tarde chamada Lagoa de Apodi.

Naquela época, os irmãos Manoel Nogueira Ferreira e João Nogueira conseguiram permissão para colonizar a Ribeira do Apodi, travando uma longa batalha pelas terras com os índios Paiacus, que habitavam toda a chapada. Com uma forte rebelião dos Paiacus, ocorrida entre os anos 1687 e 1696, os irmãos Nogueira tiveram que se retirar da área. Eles voltaram anos depois, com Manoel Nogueira na condição de Sargento-mor da Ribeira do Apodi. A partir de então, a colonização começou a progredir.

Dessa forma, a cidade de Apodi foi descoberta e iniciou-se a economia agrícola, pastoril e foram abertas as vias de comunicação. Eram os primeiros passos de sua ocupação. Nesse tempo, foi implantada a Aldeia dos índios de Apodi, sendo os padres jesuítas João Guincel e Felipe Bourel os primeiros missionários a chegar à região em 1700. A Missão do Apodi foi extinta em 1761 e os índios transferidos para a sede do município de Portalegre.

Apesar de as Missões não terem conseguido “civilizar” os índios Paiacus e torná-los cristãos, os outros objetivos foram conseguidos, como o acesso a terra e a mão-de-obra, alem de outros serviços escravistas, como a utilização de guerreiros indígenas contra outros índios para garantir o avanço das frentes de colonização e a segurança de áreas já ocupadas. Alguns historiadores afirmam que o guerreiro Paiacu tinha estatura alta, enquanto as mulheres eram de estatura baixa, gordas e de boa aparência.

Os homens eram fortes, robustos, possuidores de muita força e tinham cabelos pretos. Os Paiacus andavam inteiramente nus. Os homens colocavam um cendal (tecido fino e transparente) nas partes genitais e as mulheres usavam um avental confeccionado de folhas. Usavam sandálias feitas da casca de uma arvore que chamavam de caraguá e pintavam seus corpos com tinta de jenipapo e urucu.

Conforme o etnógrafo e historiador Câmara Cascudo, a origem o nome Apodi vem da corruptela indígena “a-podi” ou “a-poti”, coisa firme, altura, uma chapada, um planalto. “Não há nenhuma relação com fumo, tabaco, petim, petum, pitim. A tradição é ter o ouvidor (no período colonial, o juiz posto pelo donatário) Cristóvão Soaes Reimão decidindo-se oficialmente por Apodi”